Após alguns dias de silêncio, sem trocarem uma palavra, sem se ouvirem ou se falaram, sem ao menos se olharem, Quixote criou coragem para quebrar aquele silêncio fúnebre:
- Por quê eu sou um idiota!
-Ahn? - respondeu Alice olhando para ele com curiosidade e interesse apesar da chateação.
- Por quê sou um idiota! Ele repetiu a fitando seriamente com os olhos verdes e desta vez, muito, muito escuros.
Alice sorriu tristemente e baixou os olhos devagar. Deu um suspiro longo e perguntou: - Certo, e o que a gente faz agora?
- Me dá outra chance! Juro que vou fazer tudo direito!
- Era o que você me dizia antes...
- Mas desta vez será diferente! Eu prometo Alice, prometo! Me deixe tentar!
- Você me dizia tudo isso antes Quixote. Traiu minha confiança! Como posso ter certeza se poderei confiar novamente em você? Confiança é como uma teia Quixote, delicada, invisível e fina, qualquer deslize destrói o trabalho todo! Quanto tempo eu não demorei para confiar em você? Quantos e quantos anos? E você destruiu tudo, tudo o que construímos juntos!
- Eu sei Alice, e assumo todos os meus erros. Mas te amo mais que minha própria vida, mato e morro por você. Só de pensar em acordar e já não ver teus lindos olhos, meu coração entristece, a vida some... Sei que errei, mas acho que é possível consertar se você me der uma chance, só mais uma!
Alice olhou calmamente para Quixote, fitando aqueles olhos, que sempre foram dela. Algo neles dizia “ por favor, confie em mim” ...
- Certo Quixote, certo.... Vamos conversar...
2 comentários:
Uma boa conversa as vezes é tudo rs
Lindo texto mocinha
Beijos
=**
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