domingo, 20 de dezembro de 2009

Falando de mim

Eu não sei o que anda acontecendo. Não sei se sou eu ou se é o mundo que anda diferente.
Talvez sejamos nós dois. Talvez seja a minha visão de mundo que anda diferente, eu não sei.
Não sei mais quais são minhas prioridades, anda tudo meio perdido, desfocado...cansativo.
Acho que a palavra exata é essa, estou cansada.
Cansada das pessoas. Cansada de gente que se denomina meu amigo.
Cansada de gente exigindo de mim coisas que eu não posso dar, que eu não posso fazer.
Eu gosto de viver a minha vida, no meu canto e do meu jeito, se eu posso fazer eu faço, se eu não
posso eu digo que eu não posso e se eu digo... então, pra que insistir?
Eu aconselho a cada um fazer da vida aquilo que acha que é melhor pra si, então porquê quando
é a minha vez de escolher, eu tenho que fazer tudo diferente?
Eu sou assim, eu sou complicada, eu sou chata, sou dificil de se conviver.
Eu gosto das coisas sendo feitas do meu jeito, porquê é o jeito que eu me sinto segura pra fazer acontecer. Eu gosto de ficar na minha casa, no meu quarto, gosto de brincar com meus gatos e sair pra passear de vez em quando.
Eu não gosto de ficar fora de casa por muito tempo e também não gosto de receber visita em casa por muito tempo. Eu tenho o meu ritmo, minhas condições meu tempo.
Eu gosto de ouvir música alta, gosto de dar risada vendo programa de TV, e cada vez mais eu tenho chorado por tudo.
Eu ainda penso nos amores que perdi e que poderiam ter dado certo. E eu penso no meu futuro, na minha vida, eu desejo uma casinha pequena com um terreno bem grande pra que eu possa ter um monte de bichos adotados. Eu tenho medo de ser mãe. Eu tenho medo de ser um fracasso como profissional. Eu tenho medo de perder meus pais. Eu tenho medo de quando eu me casar e tiver a minha vida, os natais na minha casa não sejam mais como são. Eu gosto de comer fandangos de queijo e doritos assistindo um filme legal. Eu amo chocolate e adoro praia. Sinto saudades dos meus amigos que moram longe e da minha familia paterna que eu não vejo há 10 anos. Eu sinto saudades de amizades que perdi, e gostaria muito de fazer a diferença na vida de alguém. Tudo que eu faço, eu faço por algum motivo. Eu me arrependo de muita coisa que já fiz e não acredito naquele ditado que diz que " se nessa vida me arrependo de algo, foram das coisas que eu não fiz". Eu amo as pessoas mais do que elas me amam, e eu sempre sofro por isso. As vezes eu não sei demonstrar o que sinto e me irrito. E eu tenho mais um monte de coisa pra contar que com certeza, não vai mais caber aqui...
Mas eu tenho um jeito meu, um mundo meu... eu aprendi a ser assim.
Agora é meio tarde pra tentar se mudar isso...
E só...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Rastros

Estou chateada, é verdade.
Um pequeno parenteses de tristeza surgiu a alguns dias.
E ele tem nome, endereço... tem motivo.
Não vou falar aqui, nem adianta.
As pessoas tem costume de dizer que eu sou exagerada.Pode ser que sim mesmo. Em questão de sentimento, para mim, é tudo um grande exagero.No amor e no ódio, sem mais, nem menos. 8 ou 80.
Sou assim, paciência.
Só não acho que valha a pena eu me expressar ou me abrir com quem vai me julgar com tamanha esteriotipia.
Obviamente não sou perfeita.
O que eu não falo, minimamente demonstro.
Quem quiser saber o que se passa, basta ler nas entrelinhas.
É tão óbvio quanto a minha imperfeição...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É engraçado quando acontece o inesperado.
Geralmente a gente fica perdido, meio sem sabero que fazer ou qual rumo seguir, esfrega os olhos e pisca forte como se quisesse acreditar que aquilo está mesmo acontecendo.
Foi assim comigo, quando eu encontrei uma parte de você dentro de mim.
Eu ri no começo.
Pensei que no fundo tudo aquilo não passava de uma grande bobagem.
Depois eu reparei melhor na cor dos seus cabelos e dos seus olhos... e lembrei de como você ficava quando sorria.
E aí eu balancei a cabeça tentando afastar esse tipo de pensamento pra longe de mim.
Até que em uma noite, eu dormi e sonhei... e você estava lá, com o mesmo sorriso que eu tanto adoro...
E depois disso foi chegada a conclusão que não dá mais pra fugir. Tremer perto de você agora é fácil. Sentir frio na barriga e desviar meus olhos dos seus devido a vergonha é um fato que está ficando frequente.
Dificl mesmo é fingir que nada acontece quando te encontro pessoalmente. Parece que lido com duas pessoas completamente diferentes.
Não que seja menos encantador, mas não vou mentir em dizer que não sinto medo de criar uma perspectiva frustrada em cima de certas atitudes suas que eu posso interpretar como bem entender.
De qualquer forma, a culpa seria somente minha... afinal...
eu não posso te culpar por eu sempre pensar em você...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mia


Ainda me lembro quando andava vagando pela a rua e a vi, pequenininha e suja em frente a um terreno baldio. Seus irmãos estavam ao redor e fugiram assim que notaram a minha presença estranha. Fui me aproximando devagar, mas ela não se mexeu. Me agachei e a peguei no colo para ver seu rosto miúdo mais de perto. Os olhinhos mal abriam, estavam sujinhos assim como ela. O pelo colorido, crespo da poeira da rua misturados com a água da garoa fina da chuva que caía. Por não ter fugido logo vi que estava meio debilitada, mas quando vi que se tratava de uma fêmea, coloquei-a devolta no chão e resolvi pensar melhor. Minha família odiava gatos, e por ser fêmea, ia ter todo o problema do cio. Enquanto pensava, minha pequena resolveu atravessar a rua e uma Kombi veio em sua direção. Saí correndo e a tirei do meio da rua antes que a Kombi resolvesse passar por cima dela, sem nenhuma piedade. Meu coração estava na boca. Olhei novamente para a pequena e resolvi leva-la comigo. Se eu a deixasse, ela ia morrer.
Ela miou o caminho de casa todo, e por esse motivo, resolvi batiza-la de Mia.
Minha pequena Mia. Tomei todos os cuidados necessários assim que cheguei em casa, a limpei, alimentei, fiz uma caminha para que ela pudesse descansar. Convenci meus pais a me deixar ficar com ela, dei banho e vacinei. Era o amor da minha vida.
Me dediquei mais do que podia para cuidar dela. Me lembro de uma vez em um dia de chuva forte, como ela ficou desesperada. Saí correndo no meio da tempestade para “salva-la”, e consegui, em meio aqueles raios e trovões ela tomou coragem e veio correndo ao meu encontro.
Sentia seu pelo quentinho nos meus pés quando eu dormia, e sempre deixava uma fresta da janela aberta para caso ela quisesse sair.
Um dia, 24 de setembro de 2008, ela resolveu sair.
E não voltou mais.

sábado, 12 de setembro de 2009


"Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis, e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente."


Sigmund Freud

sábado, 15 de agosto de 2009

Ou você muda o mundo...


...Ou o mundo muda você.
Essa frase é de minha autoria, criada em um dos devaneios que tenho, o que não é raro diga-se de passagem.
Já faz alguns anos que a criei, quando comecei a perceber a influência que o mundo ao meu redor tinha sobre mim.
Um dia desses, um amigo veio conversar comigo e disse: " Espero que você esteja mudando o mundo, e que possa me ensinar como fazer isso qualquer dia."
Eu respondi que se algum dia eu conseguisse mesmo mudar o mundo, eu sairia espalhando pra todos qual era o segredo.
A verdade é que as vezes me encontro em situações em que eu não sei se sou eu quem está mudando o mundo ou se é ele quem está me mudando.
Acho que por ele ser maior e mais poderoso, tenta insistentemente me mudar, e eu, como boa teimosa que sou, vou contra suas vontades e aí, entramos em conflito.
Antigamente eu repensava mais sobre meus amores e deixava meus valores para trás.
Atualmente a situação inverteu, e o mais interessante, sem que eu fizesse esforço algum para isso.
Enfim, como boa estudante de psicologia, tudo me faz entender que isso está acontecendo devido aos seguintes fatos: Primeiro é a etapa em que morremos de amor. Movemos céu e terra se for preciso. Inventamos contos em nossas cabeças ( isso se encaixa principalmente a mulheres e a um ou outro homem mais romântico), imaginamos o príncipe no cavalo branco, juras de amor eterno sob a lua e tudo aquilo que estamos cansadas de ver em um filme, cansadas de saber que não existe, mas suficientemente dispostos a fazer que com a gente seja diferente, mesmo sabendo que não é bem assim...
Logo, de nada adianta e ai vem a parte dois: A depressão.
Ficamos deprimidos, nos sentimos fracassados e inúteis na vida daquele alguém, tiramos conclusões precipitadas e achamos que aquela pessoa não quer mais saber da gente. Chegamos ao extremo de pensar que ela encontrou alguém muito melhor do que nós e imaginamos a cena da pessoa que amamos com outra pessoa nos braços, dando aquele beijo cinematográfico, o qual sempre sonhamos em dar na vida!
Em seguida a parte três: A ira.
Sim meus caros, odiamos. Dizemos odiar o amor de nossas vidas, em não querer ver a pessoa na nossa frente nem pintada de ouro, mesmo sabendo que se a encontrarmos neste estágio, nossas pernas ficarão bambas como varas verdes! Xingamos, saímos para a famosa "night", nos acabamos em bebidas, beijamos qualquer pessoa, fazemos um estrago. Um estrago tão grande que obviamente iremos com certeza, nos arrepender depois.
Aí, vem o estágio final, o da indiferença. É quando as coisas parecem entrar no lugar.
Podemos falar daquele pequeno anfíbio que nos apaixonamos e que um dia imaginamos virar um lindo príncipe sem apresentar uma tremenda depressão ou um tufão de raiva. E percebemos que no fundo, quem perdeu alguém foi ele, e que quem saiu ganhando fomos nós, afinal tiramos de nossas vidas alguém que nunca soube apresentar o mesmo sentimento, e aí sim notamos que estamos inteiras, e o melhor, prontas pra outra!

sexta-feira, 10 de julho de 2009



Devagar morre, tua ausência em mim.
Devagar soletro as palavras da aurora de uma vida de espera, de ilusão.
Caio em pranto e minha agonia permanece, em meio ao vão, escorre pela sarjeta da vida levando tudo o que um dia eu senti e quis viver.
Pelos meus olhos, desfalece minha alma, e nas volúpias de um último suspiro a tristeza cresce. Esparça a dor pelo meu corpo, e os sons da sua voz me invadem com um último adeus. Fecho em punho a mão e baixo os olhos. Meus cabelos cobrem minha face e escondem minha dor. Meu corpo treme. Meus pensamentos vagam pelas aldeias do destino procurando um lugar seguro para se instalar.
Será que existe?
Quem me vê sorrindo não imagina a dor que existe em mim. Ela mora em mim... a muitos e muitos anos. O Crepúsculo invade meu sorriso e me domina. Meus versos, surdos, já não atingem mais seu coração e o descompasso me desespera.
Inútil! Inútil!
Tão invísivel quanto sempre fui, propago o que resta de mim em meio a vida que existe em ti. Leve com você o sonho bom que eu fui um dia. Leve o sorriso, leve o toque, leve o amor.
Tudo que um dia existiu em mim, agora é teu.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ipê Amarelo


Estava em casa, só. A noite estava fria, muito escura.
O tédio de não ter o que fazer me incomodava. Olhei pela sacada do meu quarto, a cidade iluminada la fora e nem pensei duas vezes. Vesti meu sobretudo, peguei meu cachecol, e saí. Andava devagar pela calçada, pensando na vida. Em tudo aquilo que um dia eu construí, cuidei... tive medo de perder e perdi. Pensei em todo o meu esforço, que parecia ser tão pouco aos olhos do outro, tão insignificante, indiferente...
Tudo aquilo que eu fiz pra não perder as pessoas que eu amava de nada me valeu, porquê pra elas não era suficiente e foram embora mesmo assim. Umas disseram adeus. Outras, até hoje não sei. Todos os dias uma esperança morre. E eu já aprendi, não adianta, por mais que eu tente, não consigo ser fria.
Você não está aqui comigo agora. Todas as noites eu te espero em vão. Choro em silêncio a tua falta. A falta que eu não devo fazer na sua vida.
Cheguei ao parque perto de casa depois de um certo tempo andando e conclui que eu havia feito a escolha errada. Apesar de ser bonito, muito bem iluminado, vários casais passeavam por lá. Dei um sorriso sem graça pra um deles que passava perto de mim. O meu sorriso tão triste, tão sem graça...
Sentei em um dos bancos, em baixo de um ipê amarelo. Apesar do frio, ele estava florido, tinha coberto o banco e o chão com seu tapete de flores de petálas amarelas. Peguei uma das flores caída ao meu lado e pensei: " Será que eu deveria tentar aquela brincadeira boba e infantil?", imaginando se brincar de " bem-me-quer ou mal-me-quer" mudaria algum dos fatos da minha vida. Olhei a flor por alguns instantes. Tão doce, tão bonita, tão frágil..."Não..." pensei comigo. "Não adiantaria. Eu só estária destruindo a beleza da flor em troca de saber a resposta de algo que eu já sei... e que não pode ser mudado."
Coloquei a flor vagarosamente aos pés da árvore a qual um dia pertencera, e voltei para casa.
Não posso mudar minha história.
Meu caminho, já está traçado.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Antes de qualquer coisa, gostaria de avisar a todos que a partir de hoje ESTE é meu blog atual. O anterior teve uns problemas técnicos e eu não consegui acessa-lo para efetuar postagens. Porém, ele continuará lá para os que quiserem ler minhas antigas histórias.

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Dói ter que se desvincular daqueles que um dia foram nossas raízes.O motivo dos nossos sorrisos, da gente sentir saudade, ou ansiedade por um fim de semana juntos.A pior parte de tudo é ter que concordar com os que dizem que as pessoas só se interessam por algo ou alguém que lhes é útil, seja pra completar uma estratégia, ou preencher uma alma vazia.Seja pra consolar alguém por carência ou inflar algum tipo de ego.Tente não corresponder a alguma dessas espectativas e será jogado aos leões..Na pior das hipoteses poderá estar como eu, morrendo devagar, aos poucos. Frases de Shekspeare me vem a mente: " Não importa o quanto você se importe,algumas pessoas simplesmente não se importam". Ou então: "Cada qual sabe amar a seu modo. Só porque alguém não o ama como você deseja, não significa que não o ame."E aquela que está fazendo todo o sentido pra mim no momento: " não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para, pára que você o conserte." E é exatamente assim. A gente aprende a viver com as feridas, as rachaduras, carregamos as cicatrizes da vida dentro da gente, e ainda assim continuamos sorrindo.As lembranças chicoteiam a alma e fazem sangrar o nosso coração, mas ainda assim, precisamos aprender a viver como icebergs, ignorar os fatos, fingir que não dói, enquanto la dentro, está tudo aos pedaços. Sendo assim, por favor, se você sabe que tem qualquer chance de me magoar, não se aproxime de mim. Mantenha a distância. Me poupe de mais uma cicatriz criada por uma falsa ilusão de amizade verdadeira. Fique longe de mim. Eu já estou sangrando... e eu aposto que a pessoa que está fazendo isso comigo nem sabe. Ela está feliz demais no mundinho dela. Com os amigos e amores dela, e apesar de ela duvidar,eu desejo mesmo que ela seja feliz.