sexta-feira, 28 de maio de 2010



Eu acredito no amor!
Amor de perto, amor de longe! Amor de todas as maneiras, todas as formas, todos os tamanhos!
Eu acredito na vida!
No que ela me trás, no que ela me mostra, em tudo que realiza e que transforma!
Acredito que a vida é uma vasta imensidão de sentir, de entrar em contato.
Da respiração acelerar, do coração fibrilar, da pele corar, aquecer!
Acredito que existe amor no inimaginável, que existe razão no inalcançável, acredito que existe paixão, existe desejo, vontade!
Acredito que existe sensação em todas as virtudes, que não existe comparação em todas as vivencias e que ao mesmo tempo existe relação!
Grandiosa e forte!
O que seria de mim se eu não acreditasse no gozo da vida, na plenitude do meu ser enquanto existência psíquica?
Acredito que mesmo sem te ver pessoalmente eu te amo, que mesmo sem te tocar, eu te sinto...
Sei disso pois de todas as formas você é belo, de todos os jeitos, existe em mim...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Eis-me aqui solta no mundo.
Vagando, procuro me encontrar.
Nas esquinas, debaixo das latas de lixo derrubadas, beirando o meio fio... onde estarei eu?
Pensei que tivesse me encontrado numa voz. Doce, aconchegante, tudo o que eu tinha.
Mas esta voz se foi tão facilmente como veio, e me deixou novamente a me procurar.
Cada melodia que canto no violão descrevo sobre mim, e faço de mim, verso...
Na completude, somo a lembrança de você, e descubro que eu não sou tanto eu assim...
E tenho a certeza que o que tenho de mim não me basta, não desamarra o nó que tenho sufocando a alma aqui no peito, tão maior que eu um dia poderei ser...
Eu quero mais, todo dia, mais de mim, mais de você, para que então eu possa ter um grande nós, e finalmente me encontrar...

sábado, 8 de maio de 2010

Eu choraria...



Tem dias que a gente sem porque precisa chorar.
Hoje, pra mim, é um dia desses. Eu sentaria e choraria.
Choraria muito, até acabar o fôlego, até os lábios ficarem roxos, até as pálpebras incharem, até a alma acalmar, e cansar.
Hoje eu choraria.
Eu choraria por mim e pela minha solidão. E embora me sinta só, não preciso do tipo da companhia de um amante. Mas o tipo de companhia dos amigos que eu não tenho aqui comigo.
Eu choraria pela fome das crianças no mundo e pela minha incapacidade.
Eu choraria de novo a morte da minha avó. Ainda dói. Lembrar vai doer pra sempre.
Eu choraria pelos animais abandonados e maltratados.
Eu choraria pelas pessoas sem lar.
Eu choraria pelos erros que eu cometi... pelos erros que eu deixei acontecer.
Choraria todos os meus arrependimentos.
Choraria pelo meu egoísmo, por às vezes só conseguir pensar em mim.. Mesmo sendo necessário de vez em quando.
Choraria todas as minhas dúvidas.
E depois disso tudo... eu deitaria exausta, abraçaria o travesseiro e dormiria pra esquecer...