terça-feira, 16 de março de 2010

O sábado passou devagar.
Levantou cedo como de costume, trocou de roupa, pegou seu material e seguiu pro inglês. A aula passou devagar. Era incrivel como cronometradamente olhava pro relógia a cada 10min parecendo que já tinham se passado 50! A aula acabou, pegou um taxi e voltou pra casa, comeu alguma coisa e correu pro MSN. "Ué, cade ele?"
Esperou. Sentia uma saudade enorme, algo que aumentava cada vez que lembrava do seu nome, do seu cheiro, do seu rosto. Algo que parecia inflar sem controle. Uma ansiedade corroía a alma, insistia em deixar os pulmões com dificuldade de respirar. E ele não aparecia. Descobriu que havia ido jogar bola, como sempre fazia e resolveu ir dormir. Ou pelo menos tentar. Estranho não falar com ele uma única hora do dia. Talvez estivesse mesmo ficando mal acostumada. Ao fim da tarde, voltou ao MSN, e ele veio correndo falar com ela. Correndo mesmo, afinal, já estava de saída para outro compromisso. Combinou que telefonaria, disse pra ela ficar esperta com o telefone. "Tudo bem, pode deixar..."
E ficou ali... lendo notícias chatas, sem falar com ninguém legal, brigando com o relógio de novo... A hora que ele havia dito que ligaria chegou... Chegou e passou, porquê ele não telefonou.
Ela então, resolveu ir tomar um banho, aliviar a alma, refrescar a cabeça... talvez ele tivesse mesmo um bom motivo.
Ao retornar, reparou que no celular havia uma chamada não atendida dele, e uma janelinha piscava ativamente na tela do seu computador. Então finalmente ele havia resolvido aparecer. Combinou com ele a hora em que ele viria busca-la e foi acabar de se arrumar.
Mas o clima já era outro. Se sentia estranha, o peito apertado... angustiada talvez?
Ele chegou, todo feliz, sorridente. Ela o cumprimentou já sem o mesmo entusiasmo. Conversaram e foram a um lugar mais badalado. Ficaram na sacada, estava quente, lá parecia ser o lugar ideal.
Ele tentava se aproximar, beijava-a, tocava-a... ela retribuia sem a mesma intensidade.
Então ele notou que havia algo errado.
- " O que foi amor?"
- " Nada..."
- " Ah para... fala pra mim... O que foi?"
Ela parou... suspirou e disse:
- " Você sumiu o dia todo...que horas você disse que me ligaria?"
Ele ficou sem graça, baixou os olhos...
- " É.. você tem razão..."
Um instante de silêncio.. A chegada de alguém inesperado. Alguém que ele já havia ficado.
"Ótimo!" - ela pensou. - " Só o que faltava pra acabar de completar a noite..."
Ele viu a outra, la de cima da sacada. Depois, virou dando as costas a ela e olhou nos olhos da companheira: " Não tem com o que se preocupar... é você que eu quero..."
Ela riu sem graça, com ciúme, com medo, com raiva... Tanto tempo sem aparecer naquele bar, e olha só... Mas ela já havia prevido... tinha certeza.
Mais um instante se passou, ela o abraçou forte, conversaram alguns instantes. Até que ele virou pra ela e disse: " Eu te Amo..."
Era mais do que ela precisava saber...

sábado, 6 de março de 2010

Chegou na faculdade na mesma hora de sempre, pegou o elevador e foi direto pra sua sala. Abriu a porta, acendeu as luzes, não havia ninguém. Resolveu tomar um ar e foi olhar a cidade na pequena ponte que ligava um lado do corredor a outro. Ultimamente andava tudo tão bem, que era até de se estranhar, tirando apenas, alguns fatores que lhe ocupavam a cabeça. Como diz o ditado, "as vezes a alegria de uns é a tristeza de outros", e ela se encontrava entre ambos. Feliz por um lado, fazendo alguém feliz ao lado dela, mas por outro, magoando corações que tinham seu nome tatuado a muito tempo. O que deveria fazer?
Resolveu ir beber uma água e assim que apontou no corredor, viu que ele a olhava com olhos interessados. Levou o maior susto, não esperava encontrar com ele ali. Ele acenou e deu um sorriso completamente sem graça, e ela retribuiu feliz em vê-lo e foi a seu encontro. Ele porém, estava arisco, a olhava com olhos de acusação, angústia e tristeza, aqueles olhos enormes, que só ela sabia como lê-los. Tentou trocar algumas palavras, ele retribuiu com respostas curtas e disse que já estava indo. Parecia que estava fazendo aquilo apenas para provocá-la, para que ela pudesse notar o quanto ele estava triste e mal, o quanto ela era a culpada por tudo aquilo. Então, desistiu de continuar tentando conversar com ele, deu um aceno breve seguido de um "tchau", virou as costas e voltou pra sua sala. Ficou pensativa até a aula acabar, uma angústia que esmagava o peito, uma culpa, meu Deus, que culpa enorme!
Ao chegar em casa, comeu alguma coisa, e como de costume, foi até o computador. Viu que ele havia atualizado seu site pessoal, e a curiosidade ardeu forte. Leu. Não conseguiu acreditar. Ele dizia ter saído com outra, estado com outra, beijado outra, mandado flores a outra. Ou seria a mesma de sempre? A mesma que ela sempre havia desconfiado? Enfim, o que importava? Aliás, como ele era capaz de fazer aquilo? Ela sempre tão preocupada com ele, com seus sentimentos e ele expunha as coisas assim, soltas no vento. O ar faltou forte, piscou, riu sem entender nada. Como ele podia fazer ela se sentir assim, tão mal, e conseguir ao mesmo tempo demonstrar paixão por outra pessoa? E pior, fazer como fazia quando era ela!
Sentiu uma mágoa enorme, uma tristeza sem tamanho, e decidiu que se era assim que ele preferia, melhor! Deixou de ver motivos para poupá-lo. Porém, de uma coisa, ela tinha certeza: não importa com quem ele ficasse, quem beijasse ou mandasse flores... era dela que ele ia lembrar...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Contato



Quando ela chegou, ele já estava lá. A esperava ansiosamente. Trocaram um abraço apertado acompanhado de um beijo no rosto. Se olharam e sorriram. "Como ele é bonito" ela pensou... Sentou ao lado dele no banco e ficaram ali conversando e rindo. Ele passou o braço pelas costas dela e ela se aconchegou mais perto dele. "Deus, por favor, me dê auto controle" ela pensava. Então ele olhou pra ela e chegou perto devagarinho encostando os labios dele nos dela. O coração deu uma disparada momentanea, a cabeça já nem pensava em mais nada. O beijou. Um beijo timido, mas muito esperado. Combinaram de se ver mais tarde, e agurdaram a hora chegar ansiosamente. Quando ela voltou ao encontro dele, ele novamente a aguardava. "Ele está ainda mais bonito" ela pensou. Chegou e o cumprimentou com um selinho envergonhado, e passaram poucas horas juntos... poucas horas especiais.
Combinaram de sair no fim de semana. Sábado chegou e ela estava muito ansiosa, porém tentava se demonstrar tranquila. Fez tudo o que era habitual, e esperou a hora chegar. Demorou mais de uma hora só pra escolher uma roupa, o que não era habitual, muito pelo contrário, geralmente se arrumava em 15 minutos. A explicação era óbvia - ele não era qualquer um. Gostava dele, queria impressioná-lo... Então ele chegou. Estava lindo, cabelos arrumados, barba feita, um perfume maravilhoso. Foram a um barzinho e se curtiram durante a noite, extreitaram a relação...
E esse foi, o inicio de tudo...




Não tem nada mais gostoso do que pegar uma estrada a noite com quem se gosta. Ir até algum cantinho especial onde possam ficar juntos e aproveitar a vida a dois :)
Gosto desses momentos que ficam na lembrança da gente, que de pensar dão até frio na barriga...
Ver a hora no relógio voar, ficar surpresa como 2h parecem mais 2 minutos... Ter uma música que assim que ouvida faz o coração disparar só de lembrar daquela pessoa...