sábado, 3 de novembro de 2012



E foi por uma ironia do destino que dando errado, as coisas deram certo e ela conseguiu enxergar além da cega luz que tapava seus olhos. 
Se sentiu tão tola, pois a luz que a cegava não servia nem para ser a luz do sol. 
Tudo era armado, planejado, milimetricamente calculado e ela caía inocentemente como um pato. 
Apesar de dizer as verdades mais duras, sempre havia sido sincera, mas naquele dia, sem querer, um encontro, um desvio, e a verdade escorreu pelo vão da máscara.
De inicio se sentiu catatônica. Depois idiota. 
Havia acreditado em cada palavra que aquela boca falsa proclamara, havia defendido aquele olhar mentiroso, havia acreditado em todas as histórias colocando em risco muitas vezes a própria vida.
Mas havia acabado. 
Ela havia visto, com os olhos que a terra há de comer, quem era aquele que dizia que a amaria para sempre, que lhe mandava cartas e rosas, que havia prometido que não iria desistir.
Um pequeno covarde que ao cruzar com ela quando vira a realidade, embranquecera como um fantasma e desviara dela como se desvia do tiro de uma bala, e fingira não a conhecer. 
A mulher que ele dizia amar eternamente.
Hoje ela sabia de tudo.
Não passava de uma mentira friamente calculada. 
Ela poderia não ser quem ele havia criado. 
Mas ele não era quem ela pensava o que tornava tudo muito pior. 
Ele era um mentiroso, covarde e mascarado, e ela não gostava disso.

Um comentário:

Caco o sapo disse...

Ninguém pode ocultar a verdade para sempre,mais dias,menos dias a máscara cai e conhecemos as pessoas de verdade...E nessas horas que podemos diferenciar os Homens dos meninos.