sexta-feira, 10 de julho de 2009



Devagar morre, tua ausência em mim.
Devagar soletro as palavras da aurora de uma vida de espera, de ilusão.
Caio em pranto e minha agonia permanece, em meio ao vão, escorre pela sarjeta da vida levando tudo o que um dia eu senti e quis viver.
Pelos meus olhos, desfalece minha alma, e nas volúpias de um último suspiro a tristeza cresce. Esparça a dor pelo meu corpo, e os sons da sua voz me invadem com um último adeus. Fecho em punho a mão e baixo os olhos. Meus cabelos cobrem minha face e escondem minha dor. Meu corpo treme. Meus pensamentos vagam pelas aldeias do destino procurando um lugar seguro para se instalar.
Será que existe?
Quem me vê sorrindo não imagina a dor que existe em mim. Ela mora em mim... a muitos e muitos anos. O Crepúsculo invade meu sorriso e me domina. Meus versos, surdos, já não atingem mais seu coração e o descompasso me desespera.
Inútil! Inútil!
Tão invísivel quanto sempre fui, propago o que resta de mim em meio a vida que existe em ti. Leve com você o sonho bom que eu fui um dia. Leve o sorriso, leve o toque, leve o amor.
Tudo que um dia existiu em mim, agora é teu.